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Até há pouco tempo, os neuroc ientistas ac reditavam que, uma vez completado seu desenvolvimento, o c érebro era
inc apaz de mudar, particularmente em relaç ão às c élulas nervosas, ou neurônios. Ac eitava- se o dogma segundo o
qual os neurônios não podiam se auto- reproduzir ou sofrer mudanç as signific ativas quanto às suas estruturas de
conexão com os outros neurônios. As conseqüênc ias prátic as dessas c renç as implic avam em que: a) as partes
lesionadas do c érebro, tais como aquelas apresentadas por vítimas de tumores ou derrames, eram inc apazes de
c resc er novamente e recuperar, pelo menos parc ialmente, suas funções e b) a experiênc ia e o aprendizado podem
alterar a func ionalidade do c érebro, porém não sua anatomia.
Parec e que os neuroc ientistas estavam errados em ambos os c asos. As pesquisas dos últimos 10 anos têm reveladoum quadro inteiramente diferente. Em resposta aos jogos, estimulações e experiênc ias, o c érebro exibe o
c resc imento de conexões neuronais. Embora os pioneiros da pesquisa em comportamento biológico, tais como
Donald Hebb, do Canada e Jersy Konorski, da Polônia, ac reditassem que a memória implic ava em mudanç as
estruturais nos c ircuitos neurais, ainda não se dispunha de evidênc ias experimentais que comprovassem essa
noç ão.
Ambiente pobre em objetos Um ambiente enriquec edor, que permite os ratos interagir com os brinquedos em suas gaiolas, provoc a mudanç asanatômic as no córtex c erebral.